Segundo pesquisa, somente 10% dos casos de hérnia de disco precisam de cirurgia. A maioria é curada com terapias não agressivas.
Os números dão dimensão do sofrimento: cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia de disco, um problema que acontece quando há projeção ou saída da estrutura que existe entre as vértebras da coluna, o disco intervertebral. A doença é responsável por grande dor e, em vários casos, exige o afastamento dos pacientes das atividades diárias, sendo a segunda principal causa das pessoas que tiram licença no trabalho. O que acontece, em geral, com as pessoas que sofrem com hérnia de disco é o encaminhamento para uma cirurgia corretiva. Como toda operação, esse procedimento implica riscos, como o de sofrer reações à anestesia ou ser vítima de infecções.
Um estudo publicado na Revista da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos mostrou que esta deveria ser a última possibilidade a ser cogitada. O trabalho afirma que cerca de 90% dos indivíduos portadores de hérnia de disco podem se recuperar se fizerem uso de técnicas como fisioterapia, acupuntura, reeducação postural global (RPG) e analgésicos durante três meses. Isso quer dizer que apenas 10% têm necessidade de fazer cirurgia. As pesquisas prévias sobre o tema foram amplamente revisadas, chegando, assim, a tal conclusão. No grupo de pessoas avaliadas, os que apresentavam recorrência da hérnia após a cirurgia eram, em sua maioria, jovens e pessoas que trabalhem com atividades que exijam esforço físico.
O presidente do Conselho
Regional de Fisioterapia e Terapia