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Notícias • 24/02/2016
Fisioterapia pode ser aliada na qualidade de vida do diabético

A doença atinge cerca de 9 milhões de brasileiros e as mulheres são as mais afetadas; diabetes pode causar problemas articulares e cardiovasculares

 

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica metabólica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue (hiperglicemia). A alteração pode ocorrer devido ao pâncreas não conseguir produzir a quantidade de insulina (hormônio que controla a quantidade de açúcar no sangue) suficiente para suprir as necessidades do organismo. A falta desta substância ou uma falha na sua ação resulta no acúmulo de glicose no sangue e pode causar danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos. Se não tratado, o diabetes causa insuficiência renal, amputação de membros, cegueira, complicações cardiovasculares como AVC (acidente vascular cerebral) e infarto.

 

A fisioterapia pode se tornar uma grande aliada na vida do diabético que muitas vezes apresenta problemas articulares e cardiovasculares. Nestes casos, o fisioterapeuta irá trabalhar em busca da manutenção e da reabilitação das condições motoras, prevenindo e tratando todos os componentes do movimento humano necessário à maior funcionalidade do paciente. Assim, poderá avaliar e intervir com os diferentes sistemas e subsistemas do organismo tegumentar (pele), sensitivo, de coordenação e do equilíbrio postural que podem ser afetados.

 

O profissional também pode atuar de forma preventiva às úlceras (lesões superficiais que ocorrem no tecido cutâneo ou mucoso e geralmente aparecem nos pés), amputações, alterações posturais e de funcionalidades e encurtamento musculares. É importante não permitir que o diabético se torne inativo. As atividades físicas ajudam a enfrentar as dificuldades e limitações decorrentes da doença.

 

Dados

 

A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, mostra que a patologia atinge 9 milhões de brasileiros - o que corresponde a 6,2% da população adulta. As mulheres apresentam maior proporção da doença do que os homens (5,4 milhões são mulheres e 3,6 milhões são homens). Os percentuais de prevalência por faixa etária são: 0,6% entre 18 a 29 anos; 5% de 30 a 59 anos; 14,5% entre 60 e 64 anos e 19,9% entre 65 e 74 anos. Para aqueles que tinham 75 anos ou mais de idade, o percentual foi de 19,6%.

 

Existem alguns tipos de diabetes, entre eles os mais comuns como o tipo 1: conhecido como insulinodependente, onde os pacientes necessitam de aplicações diárias de insulina, pois seu corpo já não produz mais insulina ou é insuficiente. No tipo 2, o organismo gera insulina normalmente, entretanto o corpo se torna resistente à ação do hormônio e as taxas de açúcar no sangue aumentam. Há também o diabetes gestacional, o qual a taxa de glicose do sangue durante a gravidez são elevadas, principalmente quando ocorre um aumento de peso. Após o parto, os níveis de glicose voltam ao normal.

Acessibilidade

O presidente do Conselho
Regional de Fisioterapia e Terapia

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