Por falta de informação, vem crescendo o número de mulheres com disfunções do assoalho pélvico, que na maioria das vezes é confundida ou progride para a incontinência urinária. Esta disfunção se inicia com fraqueza da musculatura do assoalho pélvico (MAP) e pode ser tratada com um simples programa de reeducação perineal.
A disfunção do assoalho pélvico atinge principalmente mulheres de meia idade, que sofrem da falta de alguns hormônios, assim que entram na menopausa ou pós-menopausa. O estrogênio, um dos hormônios que tem sua produção reduzida neste período, ocasiona a disfunção e o descontrole do MAP, que controla o esfincter (urinário e fecal).
A disfunção causa incontinência urinária ou prolapso das estruturas pélvicas (queda), conhecida popularmente como bexiga caída e a distopia vaginal. Segundo a Sociedade Internacional de Continência (ICS), a distopia vaginal é a descida de pelo menos de uma das estruturas vaginais.
O risco de desenvolvimento do prolapso dos órgãos pélvicos (POP) aumenta com a idade. O problema detectado precocemente tem maiores chances de não evoluir e assim ter resultados em menos tempo de tratamento. "O trabalho do fisioterapeuta, para este tipo de disfunção é o controle do paciente sobre o MAP, chamado de propriocepção pélvica que consiste em contrair e controlar a força muscular", relata o fisioterapeuta Alexandro Uemura.
O tratamento para a disfunção do assoalho pélvico utiliza-se de terapias que promovem a contração perineal, fazendo assim o fortalecimento dos músculos que controlam a saída de urina e fezes. Em uma porcentagem menor, a disfunção atinge homens que perdem a força dos músculos esfincterianos. O tratamento para estes casos também consiste em fortalecer a MAP, esclarece o fisioterapeuta. "Muitas mulheres que sofrem deste problema não sabem que existe tratamento para a disfunção".
É preciso procurar um médico para a indicação de um fisioterapeuta, fazer uma avaliação e, caso haja indicação, iniciar o tratamento.
O presidente do Conselho
Regional de Fisioterapia e Terapia