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Notícias • 31/03/2014
Dificuldades de acesso à atenção fisioterapêutica em Campo Grande (MS) foi alvo de um artigo científico

As dificuldades de acesso à atenção fisioterapêutica em Campo Grande (MS) foi alvo de um artigo científico das fisioterapeutas Mara Lisiane Santos, Laís Souza e Mariana Antunes. O documento avaliou o perfil dos usuários de fisioterapia ambulatorial pelo SUS em Campo Grande, caracterizado por pessoas do sexo masculino, com baixa escolaridade, com idade economicamente ativa, e que têm condições de deslocamento por meio de transporte público ou automóvel para receber assistência fisioterapêutica.

 

Os principais motivos encontrados de encaminhamento para a fisioterapia ambulatorial pelo SUS estão relacionados a distúrbios osteomioarticulares. Os usuários com distúrbios neurológicos ou de outra natureza, com dificuldades de acesso físico e financeiro, ou sem encaminhamentos médicos não têm recebido atenção fisioterapêutica em nível ambulatorial.

 

A maioria dos entrevistados considerou que a fisioterapia ambulatorial pelo SUS no município é resolutiva, pois reduz os sintomas álgicos e melhora a funcionalidade. As dificuldades mencionadas para a utilização dos serviços de fisioterapia estão relacionadas à distância entre os domicílios dos usuários e as clínicas, e à burocracia para os agendamentos. A distância limita o acesso físico-financeiro e a burocracia interfere na continuidade e, consequentemente, na resolutividade do tratamento.

 

“Para uma melhor e mais resolutiva atenção fisioterapêutica, é necessário uma reorganização da rede de atenção no que diz respeito às questões burocráticas, como a necessidade do retorno ao médico exclusivamente com a finalidade de garantir o encaminhamento, bem como a ampliação dos serviços de fisioterapia em diferentes regiões do município e do número de fisioterapeutas para atenção secundária no SUS. Além disso, entende-se que tais medidas não beneficiariam os usuários que necessitam de fisioterapia, que não têm condições de deslocamento até as clínicas, ou estão restritos ao domicílio ou ao leito. Assim, defende-se a importância da implantação de serviços de Atenção Domiciliar instituídos pelo SUS e a inserção do fisioterapeuta nestes espaços. Recomenda-se que sejam realizados estudos que levantem demanda dos usuários que não têm condições de deslocamento até as clínicas de fisioterapia, e permanecem sem acesso à atenção fisioterapêutica pelo SUS, visto que não foram contemplados pela metodologia desse estudo”, afirmam as pesquisadoras.

 

Além disso, a pesquisa conclui que somente a melhoria do acesso e a disponibilidade de vagas na rede são insuficientes para garantir uma atenção resolutiva. “Para tanto, os profissionais devem estar qualificados para promover a saúde funcional dos usuários que necessitam dos serviços fisioterapêuticos, e os usuários devem desenvolver autonomia, participação social e comprometimento no cuidado com a própria saúde”.

 

A importância da pesquisa para a compreensão das necessidades dos usuários dos serviços de Fisioterapia foi destacada pelo presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de Mato Grosso do Sul (CREFITO 13), Carlos Alberto Eloy Tavares. "Quero, em nome do CREFITO13, parabenizar pelo excelente trabalho que é, acima de tudo, um relevante documento para ser utilizado politicamente em prol do avanço da assistência e do acesso dos usuários a Fisioterapia", afirmou.

 

Leia o artigo completo aqui - http://www.scielo.br/pdf/icse/v18n48/1807-5762-icse-18-48-0075.pdf

Acessibilidade

O presidente do Conselho
Regional de Fisioterapia e Terapia

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