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Notícias • 01/02/2016
Congresso da Rede Unida reunirá cinco mil pessoas em Campo Grande

Sob o tema central “Diferença sim, desigualdade não: Pluralidade na invenção da vida”, Campo Grande sedia, entre os dias 21 e 24 de março, o 12º Congresso Internacional da Rede Unida. O evento reunirá cerca de cinco mil representantes de movimentos sociais, profissionais, pesquisadores, estudantes, professores e gestores das áreas da saúde e da educação em saúde, do Brasil e do exterior.

 

“O tema central visa valorizar a vida, enquanto representação da diversidade e também da singularidade, que se apresenta como um grande desafio no cotidiano, que nos confronta enquanto atores sociais. E, a partir disto, nos deixa a indagação: Como potencializar a interação social no sentido do respeito ao outro, à saúde e à vida?”, explica Vera Lúcia Kodjaoglanian, coordenadora do Congresso.

 

Segundo o Coordenador Nacional da Rede Unida, Alcindo Ferla, o objetivo principal do Congresso é fomentar o debate sobre temas focais da saúde e da educação em saúde.

 

“Para isso, vamos tratar da pluralidade da construção dos processos críticos-reflexivos no agir, no ensinar, no aprender e no produzir a saúde, que emergem como necessidades elementares para o fortalecimento do SUS e da Sociedade”.

 

A programação do evento está dividida em quatro grandes eixos: Trabalho na Saúde, Educação na Saúde, Gestão na Saúde e Participação Popular na Saúde. Para debater estes temas o Congresso realizará 191 rodas de conversa e 68 távolas (mesas de debate) que se debruçarão sobre os cerca de 3 mil trabalhos inscritos e relatos de experiências na área da saúde e da educação na saúde.Outras 43 távolas debaterão os mesmos quatro eixos com convidados de diversos países.

 

O Congresso abrigará, ainda, quatro fóruns internacionais: o 5º Fórum Internacional de Educação na Saúde, o 4º Fórum Internacional de Atenção Básica, o 3º Fórum Internacional de Cooperação na Saúde e Políticas Públicas e o 3º Fórum Internacional de Participação em Saúde, Políticas Públicas e Educação Cidadã. Estes eventos contarão com a participação de pesquisadores, gestores e trabalhadores da saúde de países como a Argentina, Bolívia, Costa Rica, Colômbia, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Haiti, Inglaterra, Itália, Paraguai e Uruguai.

 

Também compõe a programação do evento o Seminário Internacional de Rotas Críticas (que trata de violência e desigualdade de gênero), o Seminário Internacional da saúde dos Povos Indígenas, o Encontro Nacional do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), o Encontro de Parteiras Tradicionais, o Encontro Nacional de Redes Escolas de Saúde, o Encontro das Residências Multiprofissionais em Saúde, a 3ª Mostra VER-SUS (que fala sobre vivências e estágio no SUS) e o Respúblicas (onde diversos atores sociais debaterão políticas públicas sociais, políticas de demarcação territorial e integridade dos povos indígenas, violências contemporâneas, política de saúde mental, reformas democráticas do Estado e integração ensino-serviço).

 

Além de todas estas atividades, participantes do Congresso visitarão diversos territórios para conhecer, in loco, as demandas da sociedade sobre a questão da saúde. Fazem parte da programação visitas e dinâmicas em quilombolas, comunidades indígenas e ribeirinhas, na Casa da Mulher Brasileira e em comunidades de fronteira.

 

O 12º Congresso Internacional da Rede Unida será realizado na Universidade Católica Dom Bosco UCDB) com o apoio do Ministério da Saúde, Fiocruz, UFMS, UCDB, UFRGS e Rede Governo Colaborativa. As inscrições podem ser feitas no endereço http://www.redeunida.org.br/congresso2016/inscricao.

 

O que é a Rede Unida?

 

A Associação Brasileira Rede Unida (ou Rede Unida) reúne projetos, instituições e pessoas interessadas na mudança da formação dos profissionais de saúde e na consolidação de um sistema de saúde equitativo e eficaz com forte participação social A principal ideia força da Rede Unida é a proposta de parceria entre universidades, serviços de saúde e organizações comunitárias. Não se trata de qualquer parceria: mas de uma modalidade de co-gestão do processo de trabalho colaborativo, em que os sócios compartilham poderes, saberes e recursos.

 

“Com este objetivo, a entidade estimula a produção de estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informação e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades de promoção da educação e da saúde em todo o País, bem como de proposição de novos modelos sócio produtivos e de sistemas alternativos de produção que fortaleçam o campo da saúde a fim de garantir e ampliar a cidadania, os direitos humanos, a democracia e outros valores universais”, explica Alcindo Ferla.

 

Vera Lúcia Kodjaoglanian ressalta, ainda, que entre as prioridades da Rede Unida está a reafirmação do processo histórico de luta pela reforma sanitária, pela democratização da saúde e pelo fortalecimento do SUS por meio de mudanças na formação profissional em saúde.

 

“Para tanto, é desafio da Rede induzir modelos de educação profissional interdisciplinares, multiprofissionais e que respeitem os princípios do controle social e do SUS. E, assim, promover tessituras entre educação, saúde e sociedade a partir da formação de trabalhadores críticos e reflexivos, capazes de realizar leituras de cenário, identificar problemas e propor soluções no cotidiano de sua prática profissional”.

Acessibilidade

O presidente do Conselho
Regional de Fisioterapia e Terapia

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