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Notícias • 08/05/2014
Cigarro e Dores nas costas: qual a relação?

Você sabia que o cigarro pode ser responsável pelo aparecimento de dores nas costas? Normalmente citado como o causador de diversas doenças respiratórias, do coração e por provocar câncer, ele aumenta o risco de dor lombar, doença do disco intervertebral e complicações pós-operatórias depois de cirurgias de coluna.

 

Segundo o fisioterapeuta Helder Montenegro, especialista em coluna vertebral, presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna – ABRC e diretor do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, isso ocorre porque a fumaça do cigarro reduz a circulação sanguínea nos platôs (amortecedores naturais) do disco invertebral. “Essa diminuição dificulta a chegada de nutrientes na região, fazendo com que os discos ressequem e se desgastem”, descreve.

 

Esse fator contribui para o surgimento de hérnia de disco, um processo em que o disco intervertebral sofre uma ruptura no anel fibroso, sendo que este envolve o núcleo pulposo. “Com a ruptura e posteriormente a saída do núcleo pulposo, as raízes cervicais que são incumbidas pela inervação de membros superiores, ficam comprimidas, causando as dores, diminuição da força e atrofia da musculatura”, descreve Montenegro.

 

Além disso, a nicotina e outras substâncias encontradas no cigarro reduzem o diâmetro dos pequenos vasos, inibindo o aporte de oxigênio que as células recebem através do sangue. “A vasoconstrição (processo de contração dos vasos sanguíneos) dificulta na cicatrização de cirurgias e também interferem na estabilização de fraturas, pois reduz a produção de colágeno pelo corpo”, alerta o fisioterapeuta.

 

O especialista explica ainda que como o desgaste da coluna é um fator progressivo, quanto mais cedo a pessoa começar a fumar, maiores são as chances de desenvolver problemas na coluna. “Naturalmente o corpo sofre um desgaste natural de suas articulações a partir dos 35 anos, porém, o tabagismo acelera esse processo. Além disso, a obesidade, a má alimentação e a ausência da prática de atividades físicas podem agravar o problema”, informa Helder.

 

É importante ressaltar que dores persistentes na coluna ou na perna por mais de três meses, devem ser avaliados pelo médico. “A princípio o tratamento é clinico realizado com medicação analgésica, anti-inflamatório e fisioterapia. No entanto, em situações mais graves, são indicados procedimentos cirúrgicos”, finaliza Helder Montenegro.

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