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Notícias • 02/04/2018
CREFITO 13 completa sete anos de ação pela Fisioterapia e Terapia Ocupacional

No dia 13 de abril de 2010, a resolução 374 do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) estabelecia o desmembramento da região territorial do CREFITO 9, dando vida ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 13ª Região, o CREFITO 13. Em abril de 2011, o primeiro colegiado foi formado por eleição direta, estabelecendo, de fato, a autonomia da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional sul-mato-grossenses. No último domingo, dia 1º de abril de 2018, esta história de luta completou 7 anos.

Neste período, muitas batalhas foram encampadas e conquistas alcançadas. O CREFITO 13 vem trabalhando pelo fortalecimento das profissões no Mato Grosso do Sul, assegurando os direitos legais, a visibilidade e o reconhecimento da atuação de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais na promoção da saúde dos cidadãos, zelando pelo cumprimento dos preceitos éticos que regem as profissões, orientando, disciplinando e fiscalizando o exercício dos profissionais e das empresas com atividades ligadas às áreas de atuação da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, salvaguardando a sociedade da atuação de leigos em exercício ilegal, de maus profissionais e/ou maus serviços.

Não é uma missão fácil. No entanto, graças à dedicação dos profissionais, o CREFITO 13 tem conseguido alcançar objetivos que, se antes eram sonhos, hoje começam a se tornar realidades concretas.

“Este aniversário marca um importante momento na história da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional no nosso Estado, pois nossas profissões são cada vez mais necessárias para a manutenção da saúde e tratamento de diversas doenças. Temos consciência de que ainda há muito a ser feito para consolidação de nossas profissões sob o ponto de vista organizacional, mas não tenho dúvida que com a participação de todos; representações e profissionais, em pouco tempo começaremos a receber a devida valorização profissional”, afirmou o presidente do CREFITO 13, Carlos Alberto Eloy Tavares.

Vice-presidente do CREFITO 13, a terapeuta ocupacional Janaína Silva de Carvalho também destacou a importância do desmembramento para as profissões no Estado. “Foi importante para o maior desenvolvimento das categorias. Tivemos a possibilidade de fortalecer parcerias com os profissionais, trabalhando como facilitadores, integrados com os mesmos. Com o desmembramento, estreitamos a comunicação com os profissionais, e assim pudemos defender melhor os interesses da região e colaborar para o engrandecimento da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional”.

Interiorização

Foi graças a este engajamento, que o Conselho implementou ações como o Programa de Interiorização, que tirou a administração da capital, levando-a para todos os municípios do Estado, ouvindo os anseios dos profissionais e fortalecendo os laços que os unem. A aproximação com os âmbitos da administração pública da gestão em saúde também foi desenvolvida pelo CREFITO 13, com visitas constantes a gestores, secretários de Saúde e prefeitos no intuito de fortalecer a importância das profissões no contexto da saúde em todo o Mato Grosso do Sul.

Contra a precarização

A recente luta contra o estabelecimento de cursos de Educação a Distância (EAD) para profissões ligadas à saúde é uma das lutas recentes que conta com a participação do CREFITO 13. “Como em todas as ocorrências que precarizam a profissão e a garantia de atendimento de qualidade à população, o CREFITO 13 se faz presente como contraponto ao retrocesso”, afirma Tavares.

Também tem sido marcante a luta do CREFITO 13 contra a precarização do atendimento ligado as operadoras de planos de saúde, a partir de uma rígida rotina de fiscalizações para coibir a prática de atendimentos múltiplos que prejudica a qualidade do atendimento ao usuário e colabora para a precarização da profissão. A medida, inédita no país, serviu de referência para outros municípios e Conselhos Regionais em todo o Brasil, que vivem a mesma situação diante das práticas adotadas por algumas clínicas e pelas operadoras de planos de saúde. “Neste aspecto, foi fundamental a relação institucional de alto nível mantida com a superintendente do Procon no Estado”, afirma Carlos Alberto Eloy Tavares.

Na mesma linha de ação, o CREFITO 13 encampou uma luta árdua pela adoção dos referenciais de honorários da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional pelos planos de saúde, uma relação maculada pela inadequação de muitos contratos entre as empresas e os convênios diante das exigências da Agência Nacional de Saúde (ANS).

Para João Henrique Zardetti Alves Nogueira, chefe do setor de Fisioterapia da Santa Casa e coordenador do curso de Fisioterapia da Anhanguera-Uniderp, o desmembramento ocorrido há cinco anos tornou o Conselho mais próximo do profissional em Mato Grosso do Sul e foi de suma importância para a valorização dos profissionais do Estado, assim como no reconhecimento da profissão. “O Conselho nos trouxe segurança e confiança no nosso trabalho e uma melhor fiscalização de irregularidades, fazendo com que se cumpra a lei e lutando para a normatização dos parâmetros assistenciais, levando a um aumento da absorção do mercado de trabalho. O CREFITO 13 atua na valorização do profissional e das prerrogativas de ensino, como nas discussões para normatização do padrão de formação do profissional Fisioterapeuta na região, das quais participei".

Fiscalização atuante

Os riscos do serviço de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional desempenhado por pessoas não qualificadas ou em condições que não atendem às resoluções do COFFITO podem ser graves e oferecer sérios riscos à saúde dos pacientes. Por isso, o combate ao exercício ilegal da profissão é uma das funções principais do CREFITO 13.

Anualmente, centenas de relatos chegam à entidade, sejam por meio de ligações telefônicas ou por e-mail, relatando irregularidades nos serviços de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional em Mato Grosso do Sul. Estas denúncias emitem alertas aos integrantes do Departamento de Fiscalização (Defis) - departamento que promove a fiscalização profissional, a fim de garantir a promoção de um serviço de qualidade.

"Nossa responsabilidade é averiguar a fundamentação das denúncias, num contexto em que a nossa maior missão é combater o exercício ilegal da profissão, o que impede que um serviço de qualidade seja oferecido à sociedade. Todo o trabalho do Defis é amparado na legislação específica da atuação profissional", explica o fisioterapeuta Marcio Maruyama, conselheiro efetivo e coordenador de fiscalização do CREFITO 13.

30 horas

Outra importante conquista, fruto da atuação do CREFITO 13, foi a aprovação (em julho de 2014) do Projeto de Lei nº 7.784/14, que autoriza o Poder Executivo campo-grandense a estabelecer a jornada de trabalho de seis horas ininterruptas, ou seja, de 30 horas semanais aos servidores ocupantes dos cargos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no âmbito da Administração Municipal.

Responsabilidade social

A responsabilidade social também tem sido foco da estratégia do CREFITO 13 para fortalecer a imagem dos profissionais da área na sociedade. Entre muitas ações desenvolvidas, destaque para a participação do Conselho no projeto Ação Cidadania, realizado pela Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sesi e TV Morena. O evento reúne milhares de pessoas que, entre outras atividades, podem receber atendimento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Comunicação e desburocratização

A disseminação da informação através da internet é um fenômeno do mundo globalizado. Inseridas neste contexto, as redes sociais tornaram-se os espaços digitais mais acessados em diversos países, incluindo o Brasil. Estatísticas mostram que sites de redes sociais representam em média 75% dos acessos diários dos internautas brasileiros. Outra pesquisa realizada pela Revista Business Week constatou que as instituições que apostam nas mídias sociais possuem melhores resultados na divulgação de suas marcas e conceitos.

O CREFITO 13, antenado com as mudanças nesta área, se adequou à contemporaneidade com aabertura de um perfil no Facebook, importante ferramenta para aproximar profissionais, estudantes, gestores e população, além de atuar na consolidação de sua imagem institucional junto à sociedade.

Nova sede

Desde novembro de 2016, o CREFITO 13 funciona efetivamente em uma nova sede, cujo espaço é mais amplo e confortável para o atendimento dos profissionais e também garante mais segurança documental e também acessibilidade.

"O espaço é mais adequado para o atendimento aos profissionais, porque além de proporcionar mais conforto, também melhora as condições de trabalho aos colaboradores", explica o presidente da CREFITO 13, Carlos Alberto Eloy Tavares. “Nossa sede também dispõe de acessibilidade para atender os profissionais”, acrescenta.

O espaço da nova sede também possibilita à entidade um passo além na questão das articulações políticas. "Para além de receber os profissionais com a estrutura que eles merecem, também temos, a partir de agora, condições de sediar confortavelmente reuniões importantes com outras instituições", conclui Tavares.

A sede do CREFITO 13 fica na Rua 25 de Dezembro nº 13, esquina com a Rua 15 de Novembro, no Centro, e funciona de segunda à sexta, das 8h às 17h. O contato pode ser feito pelo telefone (67) 3321-4558 ou pelo e-mail crefito13@crefito13.org.br.

Futuro

O CREFITO 13 tem um longo caminho a percorrer, muitas metas a serem alcançadas - assim como a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional no âmbito nacional. Mas, ao olharmos para trás, nos deparamos com o trajeto percorrido e percebemos que o trilhamos com dedicação, coragem e esperança na construção de um futuro melhor.

Que os próximos anos sejam de luta e de realizações para a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional.

 

 

 

 

Conselhos condenam formação EAD em cursos da área da Saúde

O Ensino Superior a Distância (EAD) é uma das opções para estudantes que decidirem fazer uma graduação. De acordo com pesquisa realizada pela Sagah com a Educa Insights, o EAD responderá por 51% do mercado até 2023. Flexibilidade e preço são alguns dos fatores que levam o candidato a optar por essa modalidade, nos mais diversos cursos e áreas.

Apesar disso, a modalidade EAD sofre questionamentos quanto a sua eficácia nas profissões ligadas a Saúde. Dentre as principais preocupações de Conselhos Profissionais ligados a estas profissões está o argumento de que a modalidade não consegue atender às necessidades que o exercício destas profissões requer. Outro ponto levantado é de que as áreas de Saúde demandam contato e cuidados diários e diretos com pessoas enfermas, o que obriga à formação teórico-prática, além de grande carga de estágios curriculares, impossíveis de serem, todos, cumpridos a distância e mediados tecnologicamente. A segurança no trato à saúde pode ser prejudicada, uma vez que conhecimentos técnicos e práticos não são garantidos pela EAD.

Em Mato Grosso do Sul, a modalidade tem sido oferecida por diversas instituições, o que causa preocupação entre os profissionais, especialmente no que se refere a qualidade do atendimento aos pacientes.

“Trata-se de um método inadequado à formação profissional na saúde, pois não garante segurança e qualidade na formação, tampouco condições mínimas legalmente exigidas para a formação profissional. Além disso a modalidade de educação a distância é incapaz de formar profissionais aptos para atender às necessidades de saúde da população, podendo colocá-la em risco”, explica o presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de Mato Grosso do Sul (CREFITO 13), Carlos Alberto Eloy Tavares.

A formação em saúde, defendem os Conselhos, exige habilidades e competências profissionais que requerem supervisão docente e contato direto com o paciente, desenvolvidas no decorrer do processo de formação, envolvendo componentes curriculares referentes aos conhecimentos específicos na área da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, conteúdos referentes às Ciências Biológicas e da Saúde, e conteúdos referentes às Ciências Sociais e Humanas.

“Esses conhecimentos instrumentalizam a práxis fisioterapêutica e da Terapia Ocupacional nas diferentes áreas de atuação, em todos os níveis de atenção à saúde, e em todas as etapas do desenvolvimento humano. As atividades clínico-terapêuticas devem ocorrer em complexidade crescente, envolvendo conteúdos teóricos, observação e prática assistida, sob responsabilidade de docente fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. E não é diferente em outras áreas da saúde”, reforça Tavares.

Para o presidente do CREFITO 13, a formação presencial e com apelo prático na área da saúde é indispensável. “Os cursos de graduação dos profissionais da saúde exigem o desenvolvimento de habilidades técnicas, mas também, e acima de tudo, de qualidades humanísticas e biopsicossociais, como a empatia e o cuidado com o outro, o que demanda aprendizado presencial, que se dá pela observação da postura profissional dos professores e a troca de experiências entre pares, por longos períodos”, destaca.

Acessibilidade

O presidente do Conselho
Regional de Fisioterapia e Terapia

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